O ex-presidente de um país asiático compareceu nesta segunda-feira (14) ao tribunal distrital de Seul para o início do julgamento sob acusação de insurreição, relacionada à tentativa fracassada de declarar lei marcial no ano passado. Em sua defesa, o ex-líder argumentou que o episódio, que durou poucas horas e não envolveu violência, foi encerrado após a decisão da Assembleia Nacional, tornando as acusações juridicamente infundadas. Ele também contestou ponto a ponto as alegações da Promotoria, que o acusa de planejar subverter a ordem constitucional.
Entre as evidências apresentadas estão supostos planos de mobilizar militares para intervir no Parlamento, incluindo ordens para cortar energia e remover legisladores à força. Dois militares devem depor, sendo que um deles afirmou ter recebido instruções para retirar os parlamentares que se opuseram à medida. A crise terminou quando os deputados desafiaram as tropas e revogaram a lei marcial, forçando o ex-presidente a recuar.
Caso condenado, o ex-líder pode enfrentar pena perpétua ou até mesmo a morte, embora o país mantenha uma moratória não oficial sobre execuções desde 1997. O julgamento, que chama atenção pela gravidade das acusações, deve continuar com a análise de provas e testemunhos nos próximos dias.