Um ex-funcionário de uma empresa de transporte público manteve um motorista de ônibus refém por cerca de três horas em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. O homem, que havia trabalhado como cobrador por quatro anos, alegou problemas financeiros e pessoais como motivação para o crime, incluindo demissão recente, separação conjugal e dívidas. Armado com uma faca, ele ameaçou o motorista, um senhor estrangeiro de aproximadamente 60 anos, que ficou extremamente nervoso e precisou ser hospitalizado devido à pressão alta. Não havia outros passageiros no veículo no momento do sequestro.
Durante as negociações, o sequestrador demonstrou comportamento instável, exigindo visibilidade e a presença de um advogado. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar conseguiu acalmá-lo, garantindo que sua vida seria preservada e que o processo seguiria a legalidade. Um colega de trabalho foi levado ao local para auxiliar na mediação, e o homem acabou se rendendo sem que houvesse feridos.
A Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans repudiaram o ato de violência, destacando que a Polícia Militar foi acionada imediatamente. A via próxima ao Terminal Metrô Itaquera foi interditada durante o incidente. O caso chamou atenção pela ausência de antecedentes criminais do autor e pelas circunstâncias pessoais que o levaram a cometer o crime, conforme relatado pelas autoridades.