Um ex-diretor da Penitenciária Estadual de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, foi condenado a 25 anos de prisão por crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, o acusado facilitava a entrada de celulares, drogas e dinheiro no presídio, recebendo cerca de R$ 500 mil entre 2021 e 2023. A decisão judicial, publicada em 11 de abril, também determinou a perda de bens no valor aproximado de R$ 1,3 milhão, além da perda definitiva do cargo público e interdição para exercer funções públicas pelo dobro do tempo da condenação.
O caso faz parte de uma operação do Ministério Público do RS (MPRS) que apontou a participação do ex-diretor em uma organização criminosa envolvida na venda irregular de botijões de gás. Dois outros detentos também foram condenados, com penas de 13 e 12 anos de prisão, respectivamente. De acordo com as investigações, os apenados lucraram cerca de R$ 4 milhões com o tráfico de drogas dentro da penitenciária.
A defesa do ex-diretor contestou a decisão e informou que irá recorrer. O caso destacou falhas na segurança do sistema prisional e a infiltração de atividades ilegais em presídios, levantando questões sobre a eficácia das medidas de controle nesses estabelecimentos. As autoridades continuam a investigar possíveis envolvidos e redes criminosas ligadas ao esquema.