Um ex-diretor da Petrobras e um empresário foram condenados por corrupção e lavagem de dinheiro em ação penal proposta pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato. A sentença, assinada por um juiz federal substituto da 13ª Vara de Curitiba, determinou penas de prisão e multas para ambos. O ex-diretor já cumpre pena por outras condenações, enquanto o empresário foi sentenciado a mais de 11 anos de reclusão. A decisão ainda pode ser recorrida.
De acordo com a acusação, o empresário teria pago propina para favorecer sua empresa em licitações e contratos com a Petrobras, totalizando mais de R$ 525 milhões em valores investigados. Os valores ilícitos teriam sido dissimulados com a ajuda de operadores financeiros que colaboraram com a Justiça. As defesas contestaram as acusações, alegando falta de benefícios concretos para a empresa e questionando a base probatória, mas o juiz acolheu a maior parte dos argumentos do MPF.
A sentença também determinou o confisco de R$ 3,4 milhões em bens dos condenados, além de uma escultura avaliada em R$ 220 mil, que será transferida à União após o trânsito em julgado. A obra está temporariamente sob custódia de um museu em Curitiba. O caso reforça o legado da Lava Jato, que continua a render condenações mesmo anos após seu início.