Um ex-diretor de Serviços da Petrobras foi condenado a 29 anos e dois meses de prisão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão, proferida em primeira instância, incluiu o confisco de uma escultura e de R$ 3,4 milhões em bens a favor da União. A defesa alega que as acusações não foram comprovadas e se basearam apenas em delações premiadas, mantendo o direito de recorrer.
O caso envolve supostos recebimentos de propina no valor de R$ 5,6 milhões, destinados a favorecer uma empresa em contratos com a Petrobras entre 2011 e 2012, totalizando R$ 525 milhões em negócios. Um executivo da empresa envolvida também foi condenado. Os pagamentos teriam sido intermediados por operadores que firmaram acordos de delação com o Ministério Público Federal.
A sentença considerou provados os fatos, destacando que os crimes ocorreram em função do cargo ocupado na estatal, mesmo que parte dos benefícios tenha sido recebida após a saída do acusado. O processo é um dos remanescentes da Operação Lava Jato, que teve parte de suas ações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos anos.