Um ex-diretor da Petrobras foi condenado a 29 anos e dois meses de prisão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão, proferida em primeira instância, também determinou o confisco de uma escultura e de R$ 3,4 milhões em bens a favor da União. A defesa alega que as acusações não foram comprovadas e se baseiam apenas em delações premiadas, reservando-se o direito de recorrer.
O caso envolve supostos pagamentos de propina no valor de R$ 5,6 milhões, vinculados a contratos da Petrobras com uma empresa de engenharia, totalizando R$ 525 milhões em obras e serviços. Segundo a acusação, os valores teriam sido intermediados por operadores que fecharam acordos de delação com o Ministério Público Federal. Entre os benefícios ilícitos estariam a reforma de um imóvel e a aquisição de uma obra de arte.
A sentença considerou provada a participação do ex-diretor nos crimes, destacando que os acordos foram firmados durante seu mandato na estatal, mesmo que os valores tenham sido recebidos posteriormente. O processo é um dos remanescentes da Operação Lava Jato, que teve parte de suas investigações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos anos.