Um ex-conselheiro do governo dos Estados Unidos criticou publicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em redes sociais. Em sua publicação, ele classificou o magistrado como uma “ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”, citando trechos de uma entrevista concedida por Moraes à revista The New Yorker. O ex-conselheiro, que já teve desentendimentos anteriores com o ministro, é fundador de uma plataforma digital que passou a abrigar perfis extremistas após restrições em outras redes sociais.
Na entrevista à The New Yorker, o ministro discutiu seu trabalho no STF, especialmente em casos relacionados à democracia e ao impacto das redes sociais. Moraes destacou a falta de regulamentação como um fator que facilita a disseminação de desinformação e discursos de ódio, comparando o potencial danoso dessas plataformas à propaganda nazista. Ele também criticou o que chamou de “novo populismo digital extremista”, argumentando que países como Brasil e Estados Unidos ainda não desenvolveram estratégias eficazes para combater esse fenômeno.
O ministro ainda comparou as redes sociais às Companhias de Índias dos séculos 17 e 18, afirmando que, sem regulação, essas plataformas operam em benefício próprio, ignorando jurisdições nacionais e influenciando processos democráticos. Moraes defendeu que as empresas de tecnologia devem respeitar as leis dos países onde atuam, evitando interferências indevidas em eleições e na sociedade.