Um ex-assessor do governo anterior dos Estados Unidos criticou publicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em redes sociais. Em sua publicação, ele classificou o magistrado como uma “ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”, citando uma entrevista concedida por Moraes à revista The New Yorker. O ex-assessor já havia tido desentendimentos com o ministro no passado, incluindo uma abordagem pela Polícia Federal em 2021, relacionada a investigações sobre milícias digitais.
Text: Na entrevista à The New Yorker, Moraes discutiu a influência das redes sociais na disseminação de desinformação e discursos de ódio, comparando-as à propaganda nazista se esta tivesse acesso às plataformas atuais. Ele também abordou o que chamou de “novo populismo digital extremista”, destacando a necessidade de regulamentação para evitar que as redes sociais operem sem responsabilidade jurídica. O ministro argumentou que, sem controle, essas plataformas podem influenciar eleições e enfraquecer a soberania dos países onde atuam.
Text: Moraes ainda comparou as grandes empresas de tecnologia às Companhias de Índias dos séculos 17 e 18, afirmando que, assim como essas corporações exploravam colônias, as redes sociais lucram sem respeitar as jurisdições locais. A discussão reforça o debate global sobre a necessidade de maior fiscalização sobre o poder dessas plataformas, enquanto críticos argumentam que medidas regulatórias podem ser interpretadas como censura. O embate reflete tensões entre liberdade de expressão e controle estatal no ambiente digital.