A dirigente do Banco Central Europeu (BCE) afirmou que o anúncio do novo pacote de tarifas do governo americano, chamado de “Liberation Day”, pode significar o fim do livre comércio mundial. Durante um workshop na Itália, ela destacou que a medida, longe de ser libertadora, representa uma ameaça à economia global. As declarações foram divulgadas pela organização do evento, reforçando a preocupação com o impacto das tarifas.
A autoridade também ressaltou a necessidade de fortalecer o papel internacional do euro, visto como alternativa ao dólar diante da incerteza gerada pelas novas políticas comerciais. Ela defendeu que a Europa deve se tornar mais resistente a ventos geopolíticos contrários, atraindo investidores que buscam diversificar seus portfólios. A moeda europeia, segunda maior do mundo, é vista como peça-chave nessa estratégia.
As novas tarifas americanas, que entraram em vigor neste sábado, impõem taxas de 10% sobre importações de mais de 180 países, com alíquotas ainda maiores para a União Europeia (20%). O bloco europeu já sinalizou que tomará medidas em resposta, evidenciando a tensão crescente no cenário comercial internacional.
