Um alto dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do banco central da França afirmou que a decisão do governo dos EUA de pausar tarifas recíprocas ainda representa más notícias para a Europa. Em entrevista à rádio France Inter, ele destacou que a medida aumenta a imprevisibilidade e o protecionismo nas políticas comerciais americanas, fatores que prejudicam a confiança e o crescimento econômico. Além disso, ressaltou que essas barreiras podem elevar preços nos EUA, onerando os consumidores e afetando negativamente a economia local.
Apesar das críticas, o dirigente reconheceu como positivo o prazo de três meses para negociações, elogiando a postura unificada e tranquila das autoridades europeias na preparação de respostas às tarifas. Essa abertura, segundo ele, cria uma oportunidade para diálogos que podem evitar escaladas comerciais mais graves. No entanto, evitou comentar possíveis impactos na política monetária do BCE, devido ao período de silêncio que antecede a decisão sobre taxas de juros na próxima semana.
O alerta reforça preocupações sobre os efeitos globais do protecionismo comercial, especialmente em um momento de incertezas econômicas. A imprevisibilidade das políticas americanas, segundo a análise, não só ameaça relações comerciais, mas também pode enfraquecer a confiança no dólar como moeda global. O tom cauteloso do discurso reflete a delicadeza do cenário, em que respostas coordenadas serão essenciais para mitigar riscos.
