O Banco Central Europeu (BCE) possui diversas ferramentas para conter possíveis crises decorrentes de rupturas econômicas e quedas acentuadas nos mercados financeiros, conforme destacou um de seus dirigentes durante um evento em Amsterdã. Piero Cipollone ressaltou que, embora os desafios atuais sejam menos graves do que os enfrentados durante a pandemia de covid-19, a vigilância e a capacidade de reação permanecem essenciais. Ele admitiu, no entanto, que ainda não é possível dimensionar completamente a escala das ameaças atuais, em contraste com a incerteza extrema vivida durante a crise sanitária.
Em sua participação no mesmo evento, o presidente do Banco Central da Dinamarca, Signe Krogstrup, reforçou que o sistema financeiro segue estável, apesar dos riscos potenciais de instabilidade. Sua fala destacou a resiliência atual do setor, mesmo diante de incertezas que podem surgir no futuro. A mensagem transmitida foi de cautela, sem alarmismos, mas com reconhecimento dos desafios em monitorar e responder a eventuais turbulências.
Ambas as autoridades enfatizaram a importância de manter mecanismos de prevenção e resposta ágil, embora tenham diferenciado o cenário atual de crises passadas, como a pandemia. A abordagem reflete um equilíbrio entre confiança na estabilidade presente e a necessidade de preparação para possíveis adversidades, sem subestimar os riscos em um contexto econômico global ainda volátil.