Os Estados Unidos deram um passo atrás na guerra comercial com a China, anunciando a isenção de tarifas para produtos eletrônicos como smartphones, computadores, roteadores e chips. A medida, publicada pela alfândega americana sem grande alarde, exclui esses itens das taxas recíprocas que chegavam a 125% para importações chinesas. No entanto, os produtos vindos da China ainda estarão sujeitos a uma tarifa de 20%, imposta anteriormente pelo governo americano sob justificativas não relacionadas ao comércio.
A decisão ocorre após uma semana de tensão, com ambas as economias elevando tarifas a níveis considerados inviáveis por especialistas. Apesar da resistência inicial, a Casa Branca cedeu à pressão de empresas de tecnologia, que argumentavam sobre os impactos negativos para a indústria e os consumidores. Grandes companhias, como a Apple, temiam que os custos adicionais fossem repassados aos preços finais, encarecendo produtos como o iPhone em até 60%.
O recuo sugere uma tentativa de aliviar os efeitos da guerra comercial, mas mantém a retórica de reduzir a dependência da China em tecnologias críticas. Enquanto isso, empresas continuam a pressionar por mais flexibilidade, destacando desafios logísticos e a falta de mão de obra qualificada nos EUA para substituir a produção chinesa. O movimento pode desacelerar a corrida por estoques de eletrônicos, mas a incerteza sobre futuras tarifas permanece.