O novo embaixador dos EUA no Japão, George Glass, afirmou que os dois países precisam fortalecer sua cooperação militar para enfrentar os desafios representados pela China, Rússia e Coreia do Norte. Em declarações no aeroporto de Haneda, Glass destacou a importância de garantir a segurança dos cidadãos de ambas as nações e de fornecer recursos adequados às forças armadas. O Japão, que já abriga a maior base militar dos EUA no exterior, tem investido em modernização e projetos conjuntos com Washington, mas preocupações persistem sobre o compromisso americano devido a hesitações em relação a alianças globais.
O governo chinês reagiu às declarações do embaixador, defendendo seu papel como promotor da paz internacional e questionando quem de fato estaria provocando conflitos. Enquanto isso, Glass, escolhido por sua experiência em lidar com políticas consideradas predatórias da China, também sinalizou a intenção de pressionar o Japão a aumentar sua contribuição financeira para a presença militar americana. Tóquio, no entanto, prefere separar as discussões sobre custos das negociações comerciais em andamento.
Apesar das divergências, o embaixador expressou otimismo sobre um acordo bilateral, citando o interesse de mais de 75 países em dialogar com os EUA após anúncios recentes de tarifas. O cenário reflete a complexidade das relações na região, onde alianças estratégicas e tensões comerciais se entrelaçam em um contexto de crescente assertividade chinesa.