A secretária de imprensa da Casa Branca afirmou que não há planos para reduzir unilateralmente as tarifas sobre produtos chineses, mantendo taxas que chegam a 245% sobre importações do país asiático. A China, por sua vez, aplica tarifas de até 125% sobre bens norte-americanos, em uma escalada de medidas retaliatórias que intensificam a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O governo dos EUA justifica as altas taxas com base na Seção 301 da Lei de Comércio, que visa combater práticas consideradas desleais pela China em setores estratégicos, como tecnologia e propriedade intelectual.
Desde o início de abril, os EUA impuseram tarifas de 10% sobre mais de 180 países, além de taxas individualizadas para nações com os maiores déficits comerciais, chegando a 50%. Enquanto mais de 75 países buscaram negociar acordos comerciais com os EUA, a China optou por retaliar, aumentando ainda mais as tarifas sobre produtos americanos. A exceção foi a isenção temporária de eletrônicos, como smartphones e laptops, das tarifas recíprocas, embora o governo norte-americano avalie revisar essa decisão no futuro.
A disputa tarifária, que já dura semanas, não mostra sinais de resolução, com ambos os lados mantendo posições firmes. A China reforçou que não recuará em sua estratégia, enquanto os EUA insistem que as tarifas são necessárias para proteger seus interesses comerciais. O impasse afeta setores críticos, como aviação, tecnologia e manufatura, com repercussões globais que podem se prolongar sem um acordo bilateral.