Pesquisas recentes destacam descobertas importantes sobre saúde cardiovascular, incluindo o papel do score de cálcio como indicador de risco cardíaco. Um estudo com 40 mil pacientes mostrou que um score zero, que indica ausência de calcificação nas artérias, mantém sua eficácia como marcador de baixo risco mesmo em idosos. O exame, que mede a presença de placas de gordura calcificadas nas coronárias, classifica o risco em leve (1-99), moderado (100-299) ou grave (acima de 300), reforçando sua utilidade na prevenção de eventos cardíacos.
Outro estudo alerta para a relação entre antidepressivos e morte súbita cardíaca, especialmente em pacientes com uso prolongado da medicação. Pessoas entre 50 e 59 anos que tomam antidepressivos há mais de seis anos têm risco quatro vezes maior de sofrer o problema. Embora efeitos colaterais possam contribuir, fatores comportamentais e de autocuidado também influenciam. Além disso, a inteligência artificial tem sido usada para prever riscos de mortalidade: um algoritmo analisou mais de 425 mil eletrocardiogramas e mostrou que, quando a idade biológica do coração supera a cronológica em sete anos, o risco de eventos graves dobra.
Diferenças de gênero em doenças cardiovasculares também foram analisadas, revelando que, embora homens ainda apresentem mais fatores como tabagismo e colesterol alto, mulheres têm maior prevalência de comorbidades como diabetes e hipertensão. Apesar disso, elas recebem menos medicamentos, mesmo com entupimentos significativos nas artérias. A conscientização sobre insuficiência cardíaca entre mulheres caiu de 65% para 44% em uma década, enquanto o foco no câncer de mama aumentou, destacando a necessidade de maior atenção à saúde cardiovascular feminina.