O presidente do Banco Central destacou em audiência no Senado que apostadores em plataformas virtuais apresentam risco de crédito significativamente maior comparado àqueles que não apostam. A análise, que considerou fatores como faixa de renda e histórico financeiro, mostrou que o padrão se mantém mesmo após ajustes estatísticos. O órgão já incluiu esse comportamento na avaliação de crédito realizada por instituições financeiras, reforçando a necessidade de monitoramento contínuo para entender os impactos na economia e na estabilidade financeira.
Durante a CPI sobre apostas virtuais, foi ressaltado que o Banco Central tem colaborado com outros órgãos, como o Ministério da Fazenda, para regulamentar o setor e aprimorar a fiscalização. O foco é garantir transparência e segurança nas transações, sem violar sigilos bancários ou dados pessoais. O Pix foi mencionado como uma ferramenta essencial para a economia, cuja integridade e privacidade devem ser preservadas para manter a confiança do público.
O estudo também apontou que famílias de baixa renda são as mais afetadas pelo crescimento das apostas online, com possíveis reflexos no consumo e na poupança. O Banco Central alertou para a necessidade de mais dados e tempo para avaliar os efeitos macroeconômicos desse mercado. A instituição reiterou seu compromisso com a transparência e a estabilidade financeira, mantendo diálogo com o Congresso e a sociedade para abordar o tema de forma equilibrada.