Um estudo realizado pela Tax Foundation, think tank especializado em políticas fiscais, aponta que as tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos, somadas às retaliações de outros países, podem reduzir o PIB americano em 1% no longo prazo. Sem considerar as retaliações estrangeiras, a queda na atividade econômica seria de 0,8%. As tarifas, embora inicialmente aumentem a receita tributária federal em US$ 2,2 trilhões em uma década, teriam um efeito dinâmico negativo, reduzindo esse valor para US$ 1,5 trilhão e, com as retaliações, para US$ 1,368 trilhão.
O estudo destaca que barreiras comerciais tendem a reduzir a produção econômica e a renda, aumentando preços e diminuindo a disponibilidade de bens e serviços. Isso impactaria tanto consumidores quanto empresas, elevando custos de produção e reduzindo a competitividade dos exportadores americanos. Além disso, tarifas podem desincentivar trabalho e investimento, levando a uma economia menor e a menores rendas para trabalhadores e capitalistas.
A análise também considera a possibilidade de valorização do dólar, o que, embora compense parcialmente o aumento de preços para consumidores locais, prejudicaria as exportações. O cenário reforça a visão de que o livre comércio tende a ampliar a produção e a renda, enquanto medidas protecionistas têm efeitos contrários, com impactos negativos no crescimento econômico e no bem-estar da população.