Um estudo realizado em Belém do Pará em 2023 destacou os efeitos negativos da fadiga mental no desempenho físico de atletas de basquete em cadeira de rodas. A pesquisa, conduzida com 11 jogadores das equipes All Star e ADFPA, mostrou que esforços cognitivos prolongados, como tarefas que exigem concentração, reduzem o rendimento em testes aeróbicos e aumentam a percepção de cansaço, levando os atletas a desistirem mais cedo dos treinos. O trabalho, financiado parcialmente pela CAPES, foi desenvolvido no Laboratório de Atividade Física Adaptada (LAFA) e alerta para a necessidade de abordagens individualizadas que considerem tanto os desafios físicos quanto cognitivos.
Os resultados indicam que a fadiga mental altera a percepção do esforço e prejudica a continuidade dos treinos, o que pode impactar diretamente a preparação para competições. O pesquisador responsável destacou que o basquete em cadeira de rodas exige habilidades motoras específicas e enfrenta obstáculos socioeconômicos, tornando essencial entender a relação entre mente e corpo para o sucesso esportivo. Ao final do estudo, os clubes receberam recomendações práticas para ajustar a carga de treino e prevenir a fadiga, promovendo um desempenho mais seguro e eficiente.
A pesquisa abre caminho para novas investigações sobre o tema no contexto paralímpico, contribuindo para melhorar a preparação de atletas com deficiência no Brasil. O estudo reforça a importância de estratégias personalizadas, respeitando os limites físicos e cognitivos dos jogadores, e serve como base para decisões mais assertivas nas equipes adaptadas.