Após uma queda acentuada na última década, o número de cristãos nos Estados Unidos parece ter se estabilizado, segundo pesquisa do Pew Research Center realizada entre 2023 e 2024. Em 2007, 78% dos adultos norte-americanos se identificavam como cristãos, porcentagem que caiu para 63% em 2019. Desde então, os números oscilaram entre 60% e 64%, com destaque para uma possível recuperação no catolicismo, impulsionada por relatos de aumento nas conversões e maior frequência às missas, especialmente durante a Páscoa de 2025. Apesar disso, o crescimento ainda não é consistente, mantendo os católicos em 19% da população, atrás dos protestantes, que representam 40%.
A pesquisa também revela uma preocupante divisão geracional: enquanto 80% dos idosos com 75 anos ou mais se declaram cristãos, apenas 46% dos jovens entre 18 e 34 anos compartilham dessa crença. Nesses grupos mais jovens, quase metade não se identifica com nenhuma religião, indicando um desafio para as igrejas na retenção de fiéis. Casos emblemáticos, como o do vice-presidente norte-americano, que se converteu ao catolicismo em 2019, ilustram tendências pontuais, mas não suficientes para reverter o cenário geral.
Globalmente, os cristãos representam cerca de 31,1% da população mundial, com os EUA e o Brasil concentrando as maiores comunidades. Enquanto nos EUA a estabilização é observada, no Brasil projeções apontam para um crescimento dos evangélicos, que poderão representar 35,8% da população em 2026. Dados mais precisos sobre o cenário religioso brasileiro devem ser divulgados em junho, com a publicação do Censo de 2022, permitindo comparações mais claras com a realidade norte-americana.