Durante a pandemia de Covid-19, os gatos domésticos passaram por mudanças significativas em seu comportamento e saúde, conforme revelou uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O estudo, conduzido por uma médica veterinária, analisou três períodos distintos — pré-pandemia, confinamento e pós-confinamento — por meio de questionários respondidos por tutores de todo o Brasil. Os resultados mostraram que, embora a qualidade do ambiente felino tenha melhorado com mais brinquedos e áreas de descanso, a convivência intensa também trouxe desafios, como aumento de estresse e ganho de peso em alguns animais.
Entre as descobertas, destacou-se a relação entre sedentarismo e obesidade felina, com gatos que tinham acesso ao exterior apresentando menor tendência ao sobrepeso. Além disso, muitos felinos se tornaram mais afetuosos com seus tutores, um comportamento que persistiu mesmo após o fim do isolamento. A pesquisa também evidenciou a importância de respeitar o espaço do gato, oferecer estímulos sensoriais e manter uma rotina previsível para garantir seu bem-estar.
Para quem planeja adotar um gato, a recomendação é optar por dois filhotes, pois a companhia mútua pode melhorar sua qualidade de vida. O estudo reforça que, embora os gatos sejam independentes, eles se beneficiam de interações positivas e um ambiente enriquecido, fatores essenciais para uma convivência harmoniosa.