Um levantamento da ONG SaferNet apontou um crescimento de 35% no uso de emojis, palavras, siglas e hashtags com conotação de ódio ou sexual em redes sociais e aplicativos de mensagem nos últimos dois anos. Em 2023, eram 963 termos identificados; agora, o número subiu para 1,3 mil. Os emojis estão sendo adaptados para significados diferentes dos originais, muitas vezes ocultando discursos ofensivos ou assédio, o que dificulta a identificação por pais e autoridades.
A SaferNet desenvolveu uma ferramenta com inteligência artificial para detectar padrões de linguagem associados a grupos criminosos ou extremistas. Autoridades policiais, como a Delegacia de Crimes Cibernéticos em Minas Gerais, também estão mapeando perfis de usuários envolvidos nessa prática, que costumam ser mais jovens. A investigação e o monitoramento são essenciais para combater a propagação desses códigos.
Especialistas destacam a importância da prevenção, envolvendo famílias e escolas no acompanhamento de crianças e adolescentes. Em Belo Horizonte, um colégio criou um grupo de apoio para vítimas de agressões virtuais, enquanto pais recorrem a aplicativos de monitoramento para proteger os filhos. A conscientização e o diálogo são apontados como medidas-chave para reduzir os impactos dessas práticas criminosas na internet.