A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um estudo que posiciona o Brasil na última colocação em um ranking de competitividade industrial entre 18 países. A pesquisa, que comparou nações com características econômicas e de inserção internacional semelhantes, atribuiu notas de 0 a 10 com base em oito fatores, como ambiente econômico, educação e infraestrutura. O Brasil obteve a pior média (3,6), atrás de países como Argentina (3,92), Colômbia (3,81) e Peru (3,78). Os principais desafios identificados foram o alto custo de financiamento, devido à taxa Selic elevada, e as deficiências no sistema educacional.
Os piores desempenhos do Brasil ocorreram nos fatores ambiente econômico, educação e desenvolvimento humano e trabalho, nos quais ficou em último lugar. O sistema tributário complexo, as altas taxas de juros e a desigualdade social foram apontados como gargalos. Em educação, o país teve resultados ruins no Pisa e no investimento governamental, especialmente no ensino profissionalizante e superior. Já em desenvolvimento humano, destacaram-se as más colocações em diversidade, equidade e inclusão, com altos índices de desigualdade de gênero e renda.
Entre os poucos pontos positivos, o Brasil se destacou em baixo carbono e recursos naturais (12º lugar), graças ao uso de energias renováveis e baixas emissões de gases do efeito estufa. No ambiente de negócios, o país teve bom desempenho em segurança pública, ocupando a 2ª posição nesse subfator. No entanto, desafios como a baixa eficiência energética e a má gestão de resíduos sólidos ainda limitam o avanço. O estudo reforça a necessidade de reformas estruturais para melhorar a competitividade da indústria brasileira no cenário global.