Uma estudante de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac) causou revolta nas redes sociais ao publicar comentários considerados preconceituosos contra os acreanos. As postagens, que incluíam termos ofensivos, levaram o Ministério Público do Acre (MP-AC) a solicitar a abertura de um inquérito policial para apurar possível crime de xenofobia. A jovem, que cursava medicina com auxílio de bônus regional, emitiu uma nota de retratação, expressando arrependimento pelo que classificou como “imaturidade e desrespeito”.
A Ufac e outras entidades, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), se posicionaram contra as declarações, reforçando o compromisso com o combate à discriminação. A universidade afirmou que acompanhará o caso para tomar as medidas cabíveis, enquanto a Atlética Sinistra, grupo do qual a estudante faz parte, destacou a importância da empatia e da ética na formação médica.
O caso ganhou repercussão após as postagens serem compartilhadas amplamente, gerando debates sobre responsabilidade nas redes sociais e o impacto de discursos preconceituosos. O MP-AC destacou a necessidade de apurar as circunstâncias e motivações por trás das falas, enquanto o pai da estudante afirmou que a família repudia as atitudes, mas apoia o processo de aprendizado e crescimento.