Nos primeiros 100 dias do segundo mandato, o governo dos Estados Unidos adotou uma estratégia de “inundar a área” com polêmicas, gerando confusão e desorientação no debate público. Uma série de ordens executivas abrangeu temas diversos, desde direitos de transgêneros até tarifas comerciais, dificultando o acompanhamento por tribunais, oposição e até aliados. A tática, inspirada em conselheiros do primeiro mandato, resultou em medidas surpreendentes, como o fim de agências federais e mudanças abruptas em políticas de ajuda internacional.
Na política externa, ações controversas incluíram a aproximação com a Rússia, o distanciamento da Ucrânia e propostas inusitadas, como a anexação da Groenlândia. Internamente, cortes em programas de diversidade e educação afetaram universidades e instituições culturais, enquanto medidas contra imigrantes ilegais intensificaram deportações em massa. A economia global também foi impactada por tarifas comerciais, especialmente em relação à China, provocando instabilidade nos mercados.
O governo ainda direcionou esforços para reprimir protestos estudantis e limitar a participação de atletas trans em competições. Essas medidas, somadas a cortes de verbas em pesquisas e cultura, consolidaram um cenário de polarização e incerteza. A estratégia de saturar a mídia com polêmicas parece ter alcançado seu objetivo: manter o foco longe de questões estruturais, enquanto mudanças profundas são implementadas.