O secretário do Tesouro dos Estados Unidos afirmou que a decisão de recuar na implementação de tarifas comerciais contra 185 países e blocos econômicos fazia parte de uma estratégia planejada desde o início, com o objetivo de pressionar a China, considerada a principal fonte de desequilíbrios nas relações comerciais do país. A declaração, feita em coletiva na Casa Branca, foi reforçada por uma porta-voz que citou técnicas de negociação descritas em um livro atribuído ao presidente. No entanto, a versão oficial contradiz as declarações do próprio mandatário, que afirmou ter tomado a decisão apenas na véspera do anúncio.
A situação ganhou contornos polêmicos após denúncias de um senador, que pediu investigação sobre possível uso de informações privilegiadas para obter vantagens financeiras. Horas antes do anúncio do recuo nas tarifas, uma publicação em rede social, associada ao presidente, incentivava a compra de ações. O mercado reagiu com altas expressivas, especialmente em empresas ligadas ao grupo do mandatário, que valorizaram mais de 20% em um único dia.
Especialistas em ética destacaram a ilegalidade de negociar com informações privilegiadas, conforme a legislação americana. A controvérsia se intensificou com a discrepância entre o momento da decisão e os movimentos financeiros, levantando questionamentos sobre a transparência das ações. Enquanto isso, o mercado celebrou a reversão das tarifas, com índices como Nasdaq e S&P 500 recuperando perdas significativas.