O estado de Goiás foi incluído pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) na lista de regiões em emergência ambiental devido ao alto risco de incêndios florestais entre abril e novembro de 2025. A medida, publicada em portaria no Diário Oficial da União, permite a contratação emergencial de brigadistas e a adoção de estratégias preventivas. As mesorregiões Centro, Leste, Noroeste, Norte e Sul são as mais afetadas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) ressaltou que a declaração de emergência é um procedimento anual, visando agilizar ações de combate às queimadas.
Em 2024, os incêndios em Goiás destruíram cerca de 449 mil hectares, com maior impacto em áreas agropecuárias (51,7%) e unidades de conservação, como os parques nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas. O Corpo de Bombeiros realizou mais de 10 mil atendimentos, enquanto a Semad investiu R$ 4,22 milhões em prevenção, incluindo a contratação de brigadistas e aquisição de equipamentos. A plataforma Monitor de Queimadas recebeu 584 notificações ao longo do ano, evidenciando a gravidade do problema.
Para 2025, o MMA anunciou um plano com 231 brigadas federais, totalizando 4.608 agentes, além do uso de aeronaves e embarcações para respostas rápidas. Uma novidade é a implementação dos Planos de Manejo Integrado do Fogo (PMIFs), que distribuem responsabilidades entre setores público e privado. A medida segue a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, sancionada em 2024, com o objetivo de reduzir danos ambientais e proteger a biodiversidade.
