Em audiência pública na Câmara dos Deputados, especialistas destacaram a necessidade de integrar políticas públicas para promover o envelhecimento saudável e atender às demandas da população idosa, especialmente aqueles com algum grau de dependência. Lígia Gualberto, do Ministério da Saúde, enfatizou que saúde vai além do acesso a medicamentos, incluindo direitos como educação, segurança e autonomia. Com 70% dos idosos dependentes do sistema público de saúde e assistência social, reforçar essas políticas é essencial para garantir qualidade de vida.
Daniella SantAna, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, alertou para a vulnerabilidade financeira dos idosos, com 36,5% cadastrados no CadÚnico e 2,3 milhões recebendo o Benefício de Prestação Continuada. Ela destacou a importância dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) na articulação de políticas, mas ressaltou a falta de recursos orçamentários para expandir a rede. Enquanto saúde e educação têm verbas obrigatórias, a assistência social disputa fundos com outras áreas, limitando sua capacidade de atendimento.
O subsecretário Danyel Lima citou um estudo sobre o envelhecimento populacional, prevendo que, em 2050, haverá apenas duas pessoas em idade ativa para cada idoso, pressionando a Previdência. O deputado Luiz Couto (PT-PB) defendeu o PL 2527/24, que institui a Política Nacional de Vida Ativa para a Pessoa Idosa, aprovado na Comissão do Esporte. Coautor do debate, o deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) reforçou que investir em esporte e prevenção pode reduzir gastos com medicamentos e melhorar a qualidade de vida dos idosos.