Especialistas em gestão de riscos e representantes do governo participaram de uma audiência na Câmara dos Deputados para discutir melhorias no programa Resposta em Operações Integradas para Atuação em Situações de Desastres (Respad). Petula Ponciano Nascimento, da Casa Civil, afirmou que o Brasil possui capacidade eficaz de resposta, mas destacou a necessidade de ampliar fontes de financiamento, como o Fundo da Amazônia e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, para custear capacitação e equipamentos. Além disso, até maio, novos ministérios devem ser integrados ao programa para fortalecer sua atuação.
O debate também abordou desafios operacionais, como a falta de regulamentação para escalas de trabalho de 24 horas, que limita a atuação contínua das equipes. Leno Rodrigues de Queiroz, do Ministério da Integração, sugeriu a criação de uma carreira específica para resolver o problema. Outro ponto destacado foi a importância da articulação entre órgãos durante crises, com Paulo Queiroz Trinta, da Senasp, enfatizando a necessidade de coordenação para evitar crimes em meio a desastres e garantir a segurança dos profissionais em campo.
Vanessa Negrini, do Ministério do Meio Ambiente, propôs agilizar repasses de recursos para combate a incêndios florestais, eliminando a burocracia de convênios. O deputado Pedro Aihara citou o exemplo do Japão, onde a cooperação em situações caóticas prioriza as vítimas, como inspiração para melhorias no sistema brasileiro. A conclusão foi clara: o Respad funciona, mas precisa de ajustes para enfrentar os crescentes desafios dos desastres naturais.