Espanha e Portugal restauraram o fornecimento de energia após o pior apagão da história dos dois países, que deixou milhões sem eletricidade por horas. Autoridades ainda não esclareceram totalmente as causas do problema, embora a operadora espanhola REE tenha descartado um ciberataque e citado falhas em usinas solares como possível origem da instabilidade. O incidente interrompeu a interconexão com a França e levantou debates sobre a vulnerabilidade de sistemas dependentes de energias renováveis.
O impacto econômico foi significativo, com estimativas de prejuízos entre 2,25 bilhões e 4,5 bilhões de euros, além de transtornos como semáforos inoperantes, transportes públicos paralisados e produtos estragados em estabelecimentos comerciais. Em Madri, passageiros enfrentaram atrasos, enquanto hospitais e aeroportos em Portugal retomaram operações gradualmente. Um estado de emergência foi declarado em várias regiões da Espanha, com a mobilização de 30 mil policiais para auxiliar a população.
Especialistas alertam que a combinação de fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica, com sistemas tradicionais pode aumentar a fragilidade das redes elétricas. A REE planeja investir em mais interconexões com a França para evitar novos colapsos, mas investigações detalhadas ainda são necessárias para determinar as causas exatas do apagão. O evento destacou os desafios da transição energética e a necessidade de infraestrutura mais resiliente.