O ministro da Agricultura da Espanha, Luis Planas, afirmou que o país pretende aprofundar suas relações comerciais com a China, priorizando os interesses dos cidadãos espanhóis e da União Europeia. A declaração foi feita em resposta às advertências dos Estados Unidos, que compararam a aproximação com o país asiático a um risco estratégico. Planas destacou que a Espanha já mantém boas relações com Pequim e busca não apenas preservá-las, mas também expandi-las, especialmente durante a viagem do primeiro-ministro Pedro Sanches à China.
O posicionamento espanhol foi criticado pelo governo norte-americano, com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, argumentando que a China poderia inundar mercados com seus produtos, prejudicando economias locais. Apesar das tarifas impostas pelos EUA, a Espanha vê a viagem como uma oportunidade para fortalecer laços econômicos e posicionar-se como mediadora entre a UE e a China, atraindo investimentos e evitando impactos negativos no comércio global.
Planas também questionou o tom das negociações lideradas pelos EUA, considerando-as pouco respeitosas, e reforçou que a estratégia espanhola não contradiz os princípios comerciais da União Europeia. A abordagem da Espanha reflete uma busca por autonomia e diversificação de parcerias, mesmo diante das pressões internacionais.