Em escolas dos Estados Unidos, educadores estão adotando currículos para ensinar adolescentes a ter uma boa noite de sono, diante de uma crise crescente de privação de repouso que afeta saúde mental, desempenho acadêmico e comportamento. Em Ohio, o distrito escolar de Mansfield implementou o programa “Durma para ser uma versão melhor de você”, após pesquisas mostrarem que quase 80% dos jovens dormem menos de seis horas por noite, muito abaixo das oito a dez horas recomendadas. Especialistas destacam que a falta de sono está ligada a depressão, ansiedade, baixo rendimento e até acidentes, enquanto escolas buscam soluções, como horários mais tardios e orientações sobre hábitos noturnos.
Apesar das redes sociais serem frequentemente culpadas pela exaustão dos jovens, especialistas afirmam que agendas sobrecarregadas, pressão acadêmica e atividades extracurriculares também contribuem para a privação de sono. Estudantes relatam rotinas noturnas caóticas, com celulares, lições e esportes atrasando o descanso, enquanto pais e escolas tentam quebrar o ciclo de cansaço crônico. Programas como o de Mansfield incentivam diários de sono e mudanças simples, como evitar telas antes de dormir, mostrando resultados positivos em alunos que passaram a dormir mais e melhor.
A ciência comprova os impactos: cérebros privados de sono têm menor atividade na área responsável por controle emocional e decisões, enquanto a região ligada ao estresse fica hiperativa. Para especialistas, a solução vai além de culpar tecnologia ou rotinas—é preciso conscientizar jovens e famílias sobre a importância do descanso. Com iniciativas como essas, escolas esperam reduzir faltas, melhorar o desempenho e, principalmente, enfrentar a crise de saúde mental que assola a nova geração.