O governo da Coreia do Norte implementou uma nova diretriz que exige que instituições de ensino aumentem a criação de coelhos para fornecer carne e peles ao Exército. A medida, anunciada próximo ao 93º aniversário das Forças Armadas do país, estabelece metas mínimas de produção, com inspeções rigorosas e punições para as escolas que não cumprirem as exigências. Cada instituição deve entregar pelo menos mil coelhos, supervisionados por instrutores da liga juvenil, e parte significativa da produção será destinada a unidades militares.
Na província de Hamgyong do Sul, as escolas receberam ordens para entregar 300 coelhos reprodutores até o final da semana, com alunos encarregados de coletar grama para alimentá-los. Apesar do esforço, muitos estudantes nunca consomem a carne que ajudam a produzir. Embora a criação de coelhos seja incentivada desde os anos 1970, esta é a primeira vez que as escolas enfrentam inspeções formais para garantir o cumprimento das metas, além de relatos de desvios por autoridades locais.
Educadores criticam a política, argumentando que as escolas devem focar na educação, não no fornecimento de recursos militares. A medida reflete a crescente militarização das instituições de ensino no país, aumentando a pressão sobre professores e alunos. O programa, embora apresentado como apoio logístico ao Exército, levanta questões sobre sua transparência e eficácia.