A falta de mão de obra qualificada em áreas como cibersegurança e engenharia de dados tem se tornado um desafio crescente para as empresas brasileiras. De acordo com a pesquisa Escassez de Talentos 2025, realizada pela Manpower Group, 81% das organizações no país enfrentam dificuldades para contratar profissionais especializados, com o setor de Tecnologia da Informação sendo o mais afetado (84%). A rápida transformação digital, impulsionada pelo uso de inteligência artificial e computação em nuvem, aumentou a demanda por habilidades técnicas avançadas, mas a formação acadêmica tradicional não tem acompanhado o ritmo das inovações.
Regulamentações como a LGPD no Brasil e a GDPR na Europa ampliaram a necessidade de profissionais capazes de garantir a segurança e o uso estratégico de dados. No entanto, áreas como cibersegurança e engenharia de dados exigem conhecimentos complexos, combinando matemática, programação e infraestrutura de TI, o que afasta muitos candidatos. Apesar dos salários atrativos—que podem chegar a R$ 20 mil para cibersegurança e ultrapassar R$ 13 mil para engenharia de dados—a escassez de talentos persiste, criando uma lacuna entre as necessidades das empresas e a disponibilidade de profissionais preparados.
Para se destacar nesse mercado, é essencial construir uma base sólida em TI, complementada por certificações e habilidades práticas. Participação em projetos reais, contribuições para comunidades open source e o desenvolvimento de soft skills, como comunicação e trabalho em equipe, são diferenciais valorizados. A constante atualização e a curiosidade por novas tendências também se tornaram cruciais, já que a capacidade de responder a ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas depende diretamente da qualificação desses profissionais.