O governo dos Estados Unidos enviou acidentalmente uma carta não autorizada à Universidade Harvard em 11 de abril, solicitando reformas administrativas e mudanças nas políticas de admissão, incluindo a restrição a estudantes internacionais considerados hostis aos valores norte-americanos. Segundo fontes, o documento foi enviado por um conselheiro jurídico interino do Departamento de Saúde, integrante de uma força-tarefa sobre antissemitismo, mas ainda não está claro o motivo do equívoco. Alguns acreditam que a carta foi enviada prematuramente ou destinada apenas ao grupo de trabalho, não à universidade.
A situação agravou as tensões entre a Casa Branca e Harvard, que se recusou a cumprir as exigências. Em resposta, o governo congelou US$ 2,2 bilhões em financiamento e ameaçou revogar o status de isenção fiscal da instituição. A universidade vinha dialogando com a força-tarefa após protestos pró-Palestina no campus, mas o erro na correspondência elevou o conflito, com acusações de má comunicação e vitimização por parte de Harvard.
Apesar do impasse, há possibilidade de retomar as negociações se a universidade atender às demandas do governo e se desculpar por supostos episódios de antissemitismo. O caso expõe as divergências entre as políticas educacionais e a postura do Executivo, além de destacar os desafios na relação entre instituições acadêmicas e o poder federal.