O atual presidente do Equador, Daniel Noboa, foi reeleito neste domingo (13) após vencer a candidata de esquerda Luisa González em um segundo turno polarizado. Com mais de 90% das urnas apuradas, Noboa liderava por mais de um milhão de votos, uma diferença de 12 pontos percentuais. González contestou os resultados, anunciando que exigirá uma recontagem, enquanto autoridades eleitorais reforçaram a confiabilidade do processo. A eleição, que registrou alta participação, ocorreu sem incidentes graves, mas sob o clima de insegurança causado pela violência ligada ao narcotráfico.
O pleito foi marcado pela polarização entre os modelos econômicos propostos pelos candidatos: Noboa, que defende políticas neoliberais, e González, que promete um Estado mais intervencionista. O Equador enfrenta desafios como a crise econômica, o desemprego e a escalada da violência, com taxas de homicídio entre as mais altas da América Latina. Nos últimos anos, o país viu o assassinato de políticos, tomadas de prisões por criminosos e ataques a jornalistas, aumentando a pressão sobre o governo.
A vitória de Noboa consolida sua imagem como líder de mão firme contra o crime organizado, embora organizações de direitos humanos critiquem abusos em sua estratégia de segurança. González, herdeira política de um ex-presidente socialista, buscava se tornar a primeira mulher eleita presidente nas urnas. O resultado reflete a divisão no país, que segue buscando soluções para a crise de segurança e a estagnação econômica, enquanto tenta manter a estabilidade democrática.