Neste domingo, o Equador realiza o segundo turno das eleições presidenciais, com o atual presidente, Daniel Noboa, disputando a reeleição contra a candidata de esquerda Luisa González. As pesquisas indicam um empate técnico entre os dois, em um pleito marcado pela discussão sobre segurança pública e combate ao narcotráfico. Noboa, que assumiu o cargo em 2023 após eleições antecipadas, busca consolidar suas políticas de linha dura, incluindo estados de exceção e ações militares contra o crime organizado, enquanto González representa a herança política do ex-presidente Rafael Correa.
O governo atual tem sido associado a medidas controversas, como a declaração de conflito armado interno e a restrição de direitos durante estados de exceção, além de buscar apoio internacional, incluindo aproximação com figuras como o ex-presidente dos EUA Donald Trump. Noboa, um dos líderes mais jovens da América Latina, tenta equilibrar sua imagem de homem comum, presente nas redes sociais, com a de um líder firme, embora críticas sobre abusos de poder e acusações pessoais persistam.
O resultado da eleição definirá os rumos do país, que enfrenta desafios como a violência recorde e a pressão do narcotráfico. Enquanto Noboa promete continuar suas políticas de segurança, González defende um retorno às agendas de esquerda. O pleito reflete a polarização na região, com o Equador dividido entre duas visões opostas para o futuro.