Neste domingo (13), o Equador realiza o segundo turno das eleições presidenciais, com os candidatos Daniel Noboa, de centro-direita, e Luisa González, de esquerda, tecnicamente empatados nas pesquisas. O país, enfrentando crises econômicas e de segurança, tem quase 13,7 milhões de eleitores convocados para decidir entre dois projetos opostos: um alinhado ao neoliberalismo e outro defendendo um Estado mais intervencionista. A violência do narcotráfico, que elevou os índices de homicídios e instabilidade, domina o cenário eleitoral, com ambos os candidatos prometendo combater o crime organizado, mas com abordagens distintas.
O pleito ocorre em meio a tensões, como a decretação de estado de exceção em parte do território e troca de equipes de segurança. González, que busca ser a primeira mulher eleita presidente, representa o legado do ex-presidente Rafael Correa, enquanto Noboa, um dos governantes mais jovens do mundo, tenta consolidar seu mandato após vencer eleições antecipadas em 2023. A polarização reflete uma década de divisões no país, agravadas pela crise econômica, desemprego e corrupção.
Analistas destacam que o resultado pode definir não apenas o futuro político do Equador, mas também a permanência do correísmo como força relevante. Com projeções indicando uma vitória apertada, o novo presidente herdará um país em conflito com o narcotráfico, dívida pública elevada e uma população exigindo soluções para a insegurança e a pobreza. A eleição, observada internacionalmente, testará a capacidade democrática do Equador em um contexto de extrema adversidade.