Os equatorianos votaram neste domingo (13) em um segundo turno polarizado entre o atual presidente, de perfil conservador, e a candidata de esquerda, em meio a tensões causadas pela violência ligada ao narcotráfico. Com 33% das urnas apuradas, o atual presidente liderava com 57,1% dos votos, contra 42,9% da adversária. A eleição ocorreu sem incidentes graves, mas sob forte presença militar, após decreto de estado de exceção em várias províncias devido à crise de segurança.
O país enfrenta uma escalada de violência, com recordes de homicídios e ataques de grupos criminosos, agravando a crise econômica e social. Os candidatos propõem soluções opostas: um modelo neoliberal versus um Estado mais intervencionista e social. A polarização reflete uma divisão que persiste há mais de uma década, com eleitores pressionados por insegurança, desemprego e corrupção.
A disputa é considerada acirrada, com pesquisas mostrando empate técnico antes do pleito. Enquanto o atual presidente busca consolidar sua imagem de líder forte contra o crime, a candidata de esquerda promete combater a violência com respeito aos direitos humanos. O resultado definirá não apenas o futuro do Equador, mas também o destino de um projeto político que domina parte do eleitorado há anos.