O papa não recebe um salário fixo, mas todas as suas necessidades — como moradia, alimentação e transporte — são custeadas pelo Vaticano. Seguindo uma tradição de modéstia, muitos pontífices destinam presentes recebidos durante o pontificado a obras de caridade. Francisco, conhecido por sua vida simples, optou por morar em alojamentos modestos e dispensou luxos, reforçando seu compromisso com a pobreza, conforme seu voto na Companhia de Jesus.
Em caso de renúncia, o Vaticano prevê uma aposentadoria mensal, como ocorreu com Bento XVI, que passou a receber 2.500 euros após deixar o cargo. Quanto a bens pessoais, o papa pode deixar herança apenas sobre aqueles adquiridos fora da atividade religiosa, que não são automaticamente transferidos à Igreja sem um testamento específico. Sem herdeiros diretos ou testamento, os bens podem ser considerados vacantes e revertidos ao Estado.
O funeral de Francisco, marcado para sábado (26) em Roma, deve reunir milhares de fiéis e autoridades globais, encerrando um papado marcado pela simplicidade e dedicação pastoral. O evento reflete a dimensão de sua influência, enquanto o Vaticano mantém suas tradições financeiras e administrativas para sustentar o líder da Igreja Católica.