O tratamento da obesidade avançou significativamente nos últimos anos, com o desenvolvimento de novos medicamentos, como os análogos do GLP-1 (liraglutida e semaglutida), que promovem perda de peso de até 25%. No entanto, especialistas alertam que nenhuma abordagem é eficaz sem mudanças consistentes no estilo de vida. O endocrinologista Paulo Rosenbaum, do Hospital Albert Einstein, enfatiza que a combinação de atividade física regular e reeducação alimentar é essencial para resultados duradouros, destacando a importância de exercícios aeróbicos e resistidos para manter o metabolismo ativo e evitar o reganho de peso.
Além dos avanços farmacológicos, Rosenbaum adverte contra dietas restritivas, defendendo uma alimentação balanceada e orientada por um nutricionista. Ele ressalta que, embora os novos medicamentos sejam seguros e reduzam riscos cardiovasculares, seu alto custo pode limitar o acesso a longo prazo. O acompanhamento contínuo com profissionais de saúde é fundamental para adaptar o tratamento às necessidades individuais dos pacientes.
Com a eficácia crescente dos tratamentos clínicos, Rosenbaum prevê uma redução nas cirurgias bariátricas, reservadas para casos graves de obesidade. Apesar dos avanços, o médico reforça que a mudança de hábitos permanece como a base para o controle da doença, equilibrando intervenções médicas com um estilo de vida saudável para resultados sustentáveis.