O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro subiu de 48,4% em dezembro para 48,7% em janeiro, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quarta-feira, 9. O patamar histórico de 49,9%, registrado em julho de 2022, ainda não foi superado. Quando excluídas as dívidas imobiliárias, o índice passou de 30,3% para 30,6%. O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) também aumentou, indo de 27,0% para 27,3% no mesmo período. Sem considerar os empréstimos para habitação, a oscilação foi de 24,7% para 25,1%.
O programa Desenrola, encerrado em maio de 2024, renegociou R$ 53,07 bilhões em dívidas, equivalentes a 0,5% do PIB. De acordo com o Ministério da Fazenda, a iniciativa reduziu a inadimplência em 8,7% entre a população de baixa renda, seu público prioritário. Do total de 15,06 milhões de pessoas atendidas, 5 milhões pertenciam a esse grupo, negociando R$ 25,43 bilhões em débitos.
No segmento de crédito imobiliário, o estoque direcionado a pessoas físicas cresceu 0,9% em fevereiro ante janeiro, alcançando R$ 1,188 trilhão — alta de 13,0% em 12 meses. Já o crédito livre para compra de veículos subiu 0,3% no mesmo período, chegando a R$ 351,475 bilhões, com aumento acumulado de 18,3% no ano. Os dados refletem a continuidade da expansão do crédito, mesmo em um cenário de elevado endividamento das famílias.