A empresa responsável pelo evento Navio Cabaré, que teve o cantor Leonardo como atração principal, foi multada em R$ 250 mil por dano moral coletivo após denúncias de assédio sexual. O caso ocorreu em novembro de 2023, quando quatro modelos contratadas para trabalhar no cruzeiro MSC Preciosa relataram ter sido vítimas de assédio. As jovens, com idades entre 18 e 21 anos, afirmaram ter sido vigiadas, impedidas de se comunicar com o exterior e suspeitaram de substâncias incomuns em suas bebidas, embora exames não tenham confirmado a presença de toxinas.
O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) investigou o caso e firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a empresa organizadora. O acordo obriga a empresa a garantir acesso ilimitado à internet para as modelos durante eventos em navios, além de implementar um canal de denúncias de assédio sexual. Os contratos das trabalhadoras também devem incluir o contato da Polícia Federal para emergências.
A empresa não se manifestou sobre o caso quando procurada pela reportagem. O MPT-RJ destacou que o assédio sexual no trabalho inclui qualquer conduta de natureza sexual que crie um ambiente hostil ou ofensivo, independentemente de hierarquia. O acordo visa prevenir futuros incidentes e proteger os direitos das trabalhadoras em eventos semelhantes.