A Eletrobras começou a receber solicitações de parte de sua base acionária para implementar o voto múltiplo na eleição do novo conselho de administração, marcada para 29 de abril. De acordo com as regras da CVM, a adoção desse formato depende de acionistas com mais de 5% dos votos formalizarem o pedido à empresa, o que ainda não ocorreu. No entanto, dez acionistas, entre fundos e pessoas físicas, já enviaram uma carta solicitando a medida, argumentando que sua divulgação pública poderia incentivar mais adesões e alcançar o percentual necessário.
A companhia, porém, sinalizou que aguardará até que o requisito de 5% seja atendido antes de tomar qualquer medida obrigatória, conforme determinação da CVM. Em comunicado aos acionistas, a Eletrobras minimizou o impacto da adoção do voto múltiplo no resultado da eleição, sugerindo que a mudança não alteraria significativamente o processo. O formato permitiria que votos fossem multiplicados pelo número de candidatos, distribuídos livremente, o que poderia beneficiar acionistas menores.
O debate ganhou visibilidade após a divulgação pública da carta por um conselheiro atual, que defendeu maior transparência no processo eleitoral. Enquanto isso, os acionistas signatários pressionam pela divulgação imediata do pleito, alegando que isso facilitaria a adesão de outros investidores. A Eletrobras, procurada para comentários, não se manifestou sobre o assunto.