A Eletrobras já obteve votos suficientes de seus acionistas para aprovar o acordo com o governo federal, encerrando uma disputa sobre a influência estatal na empresa. A votação preliminar, realizada à distância, mostrou apoio equivalente a mais de 622 milhões de ações ordinárias, enquanto apenas 930 votos foram contrários. O governo não participou da decisão, conforme acordado previamente, e acionistas ainda podem alterar seus votos durante a assembleia marcada para terça-feira, 29 de abril.
O acordo, anunciado em fevereiro, põe fim a uma incerteza que persistia desde críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à privatização da Eletrobras. Como parte do entendimento, o governo federal terá três assentos cativos nos conselhos da empresa, ocupados por nomes indicados pela União. Além disso, a Eletrobras reduzirá sua exposição a riscos em negócios nucleares, como o projeto da usina Angra 3, do qual não precisará mais aportar recursos.
A assembleia também elegerá a nova composição dos conselhos administrativo e fiscal, incluindo os representantes do governo. O acordo é visto como um passo para estabilizar a relação entre a empresa e o poder público, eliminando uma fonte de tensão que impactava o mercado desde 2023.