A Eletrobras obteve a aprovação de seus acionistas em assembleia para um acordo que amplia a participação da União na empresa, encerrando uma disputa judicial no Supremo Tribunal Federal (STF). O resultado já era esperado após a divulgação prévia do apoio majoritário dos acionistas. Pelo acordo, o governo federal passa a ter três assentos cativos no conselho de administração e um no conselho fiscal, enquanto se compromete a não questionar o limite de 10% de votos para outros acionistas.
Em contrapartida, a Eletrobras encerra uma disputa que trazia incertezas ao mercado e reduz suas obrigações em negócios nucleares, dos quais permanece como sócia minoritária após a privatização. A empresa também realizou uma segunda assembleia para eleger o novo conselho, incluindo os representantes indicados pelo governo. O acordo busca estabilizar a relação entre a empresa e o poder público, mitigando riscos para os investidores.
O desfecho marca um avanço na resolução de um impasse que se arrastava no Judiciário, com impactos nas ações da companhia. A medida reforça a governança corporativa da Eletrobras e alinha os interesses da União com os dos demais acionistas, em um momento de reestruturação pós-privatização.