A eletricidade começou a ser restabelecida progressivamente na noite desta segunda-feira (28) na Espanha e em Portugal, após um apagão maciço de origem ainda desconhecida. O corte, que começou por volta do meio-dia local, deixou grande parte da Península Ibérica sem energia, afetando milhões de pessoas e causando caos em transportes, comunicações e serviços essenciais. À meia-noite, 61,35% da demanda na Espanha já havia sido recuperada, segundo a Red Eléctrica, enquanto autoridades espanholas e portuguesas trabalhavam para normalizar totalmente o abastecimento.
O apagão, considerado sem precedentes na Espanha, resultou na perda repentina de 15 gigawatts do sistema elétrico em apenas cinco segundos, equivalente a 60% da demanda do país naquele momento. Trens ficaram paralisados, aeroportos enfrentaram perturbações e os semáforos inoperantes causaram congestionamentos nas principais cidades. O primeiro-ministro português, Luis Montenegro, sugeriu que a origem do problema estaria provavelmente na Espanha, mas especialistas ainda investigam as causas exatas, descartando por enquanto indícios de ciberataque.
Enquanto a população aguardava o retorno da energia, muitas regiões de Madri e Lisboa comemoraram o restabelecimento parcial com aplausos. Autoridades pediram calma e responsabilidade, recomendando que trabalhadores não essenciais evitassem deslocamentos na terça-feira. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, ofereceu ajuda à Espanha, citando a experiência de seu país em lidar com crises energéticas. O incidente relembrou grandes apagões mundiais recentes, como os ocorridos na Tunísia, Sri Lanka e Índia, destacando a vulnerabilidade de redes elétricas em situações extremas.