A corrida eleitoral no Canadá sofreu uma reviravolta devido às tensões comerciais com os EUA, marcadas pelas tarifas impostas pelo governo norte-americano. Os liberais, no poder, mantiveram-se como a maior força política, mas ainda não está claro se conseguirão formar um governo majoritário. A província da Colúmbia Britânica, onde a apuração foi mais lenta, pode ser decisiva para o resultado final.
O primeiro-ministro em exercício prometeu uma postura firme contra as tarifas e defendeu investimentos bilionários para reduzir a dependência econômica dos EUA. No entanto, os conservadores, que pediam mudança após quase uma década de governo liberal, surpreenderam com um desempenho mais forte do que o esperado. Caso os liberais não atinjam a maioria necessária, precisarão negociar com outros partidos para permanecer no poder, o que pode limitar a estabilidade do governo.
O resultado representa uma recuperação significativa dos liberais, que estavam em desvantagem nas pesquisas no início do ano. A saída do ex-primeiro-ministro e as ameaças comerciais de Washington parecem ter influenciado a eleição. Por outro lado, os conservadores, que focaram em questões domésticas, enfrentaram uma derrota expressiva, frustrando suas expectativas de mudança.