A primeira eleição judicial nos Estados Unidos desde a posse de Donald Trump em janeiro resultou na vitória da democrata Susan Crawford para a Suprema Corte de Wisconsin, um estado considerado decisivo nas eleições nacionais. O pleito ficou marcado como o mais caro da história do país, com investimentos milionários de duas das figuras mais ricas do mundo: um empresário ligado ao Partido Republicano e um investidor conhecido por apoiar causas democráticas. Enquanto o primeiro destinou US$ 21 milhões ao candidato republicano Brad Schimel, o segundo financiou a campanha da vencedora, embora os valores não tenham sido divulgados.
O contexto da eleição revela a crescente influência de recursos privados na política judicial americana, especialmente em estados estratégicos. A vitória de Crawford em Wisconsin, que havia apoiado Trump em 2024, surpreendeu analistas e destacou o papel do financiamento em campanhas eleitorais. O caso também ilustra como figuras bilionárias podem moldar disputas locais, mesmo em cargos tradicionalmente menos visíveis, como o judiciário.
Além do resultado político, o texto traz um perfil breve dos dois investidores envolvidos, destacando suas trajetórias empresariais e posicionamentos ideológicos. Um deles, conhecido por suas empresas de tecnologia e exploração espacial, assumiu um cargo no governo Trump após apoiá-lo na eleição. O outro, com uma longa história de filantropia e apoio a causas progressistas, mantém uma fundação dedicada a promover democracia e direitos humanos. A disputa em Wisconsin serve como um exemplo do impacto do financiamento privado na democracia americana.