A guerra comercial liderada pelos Estados Unidos continua a impactar diversos setores da economia global, com reflexos significativos nos mercados financeiros. Nesta quarta-feira (16), as ações norte-americanas, especialmente as de tecnologia, registraram quedas acentuadas, impulsionadas por alertas de empresas como a Nvidia sobre os efeitos das tarifas em seus resultados. Enquanto isso, companhias aéreas e líderes empresariais expressaram preocupação com a incerteza gerada pelas políticas comerciais, que paralisam planos de investimento e afetam projeções para o futuro.
O setor de tecnologia foi um dos mais atingidos, com empresas como a Nvidia e a ASML relatando perdas bilionárias devido a restrições e tarifas. Fabricantes de chips alertaram para prejuízos anuais de até US$ 1 bilhão, enquanto o Nasdaq Composite, índice focado em tecnologia, recuou 3%. Além disso, companhias aéreas e varejistas ajustaram suas expectativas, destacando a dificuldade de prever cenários em um ambiente macroeconômico volátil. O Japão, em negociações com os EUA, também enfrenta pressões, especialmente no setor automotivo, onde tarifas podem elevar preços de veículos.
O sentimento econômico piorou significativamente, com o Federal Reserve destacando uma desaceleração na atividade e um possível aumento da inflação devido às tarifas. Embora as vendas no varejo tenham se mantido robustas em março, impulsionadas pelo setor automotivo, há sinais de que os gastos em serviços podem enfraquecer. Varejistas globais, como Temu e Shein, já antecipam ajustes de preços, incentivando compras imediatas. A incerteza persiste, e líderes empresariais reforçam a necessidade de pausas nas tarifas para reorganizar cadeias de suprimentos e evitar impactos prolongados na economia.