Professores e técnicos administrativos da rede municipal de Aparecida de Goiânia decidiram entrar em greve nesta terça-feira (29) após rejeitarem uma proposta da prefeitura que não incluía um cronograma claro para o pagamento de valores retroativos. Os servidores reivindicam o cumprimento do piso salarial nacional, progressões e titularidade, alegando que as pendências se arrastam desde 2015. A Secretaria Municipal de Educação afirmou que apresentou uma proposta para pagar o piso a partir de maio e estudar a viabilidade dos retroativos, mas a categoria considerou a oferta insuficiente.
Durante assembleia, os trabalhadores destacaram que as perdas salariais chegam a 23% e que as negociações se arrastam há anos. O sindicato fez uma contraproposta, sugerindo o pagamento escalonado dos retroativos entre julho e outubro, além do adiantamento de um terço das férias em junho. A prefeitura, no entanto, ainda não se pronunciou sobre a nova proposta, mantendo o diálogo em aberto.
Em nota, a Secretaria de Educação explicou que a atual gestão herdou dívidas superiores a R$ 500 milhões e já quitou R$ 58 milhões em débitos da folha de pagamento. A administração municipal reforçou seu compromisso com o diálogo, mas ressaltou a necessidade de equilibrar as demandas da categoria com as limitações orçamentárias. A greve afetou escolas municipais, mas o número de unidades paralisadas não foi divulgado.